segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Encardida


Te pergunto como vai
Você diz que com as pernas
Diz que não há nada mais
Além daquelas coisas velhas
Eu sorrio amarelo
Com a graça encardida
Seco a bolsa dos seus olhos
Estou de saída

 
 Mas meus passos pesam
Penam como se pensassem
Que o caminho oposto ao seu
É perda de viagem
Então me volto lentamente
Te alcanço num olhar
Você inerte me consente
Pode vir amar

Te pergunto como foi
Você diz que como sempre
Diz que não há nada mais
Bonito do que a gente
Eu sorrio escancarado
Com a coisa umedecida
Seco o gozo dos lencóis
Beijo sem despedida.


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